Por Jader Amaral
Muitas pessoas tem um sistema de avaliação rígido de mais ou apresenta uma falha. Raramente ficam satisfeitas quando são bem-sucedidas e são muito crítica com sua performance, mesmo que vençam e vençam muito e por um longo período. Isto pode tornar-se um padrão rígido. No passado, pode tê-las guiado para grandes sucessos, mas com o tempo torna-se um fardo. Elas tendem a tentar continuamente e, em geral, sentem que estão se torturando e ainda falham aos seus próprios olhos. Acreditam que é o único modo de se forçarem a alcançar sua melhor performance. É como se eles tivessem uma calculadora com defeito, mas não percebessem. Ela tem sempre um dígito a menos. A se avaliarem, a calculadora deveria mostrar 1.000, mas não percebem que seu sistema de avaliação é falho ou está quebrado.
Há três consequências inesperadas ao se ficar no pé de alguém, em vez de estar do seu lado:
- Nunca ficam satisfeitos com sua performance e sua autoconfiança é afetada;
- Como tudo parece ser menos do que eles tinham esperado, eles se sentem miseráveis, tensos e infelizes. Uma mistura de frustração, tristeza e sem direção;
- Inconscientemente, tratam os outros do mesmo modo como tratam a si mesmos – críticos demais, exigentes, negativos e nunca satisfeitos.
Algumas vezes necessitam uma linguagem forte para alertá-las para o grave impacto que esse tipo de padrão tem em sua performance final e bem-estar. Se você se reconhece no perfil citado, responda a uma pergunta simples: Qual a porcentagem do tempo você está no seu pé, em vez de estar do seu lado? Use uma escala de 1 a 100. Você pode dizer se você ou os outros tem um sistema de avaliação falho se depois de toda performance, você estabelece que deveria ter tido:
- Melhor esforço;
- Qualidade mais alta;
- Mais rapidez;
A manifestação desse tipo de atitude geralmente é sentir-se censurado por si mesmo por falhar em viver à altura de suas habilidades. É quase como tirar o chicote e começar a se bater. Você pode ainda dizer ou pensar: “Como pude ser tão estúpido? Quando finalmente aprenderei? O que há de errado comigo?” Mais, melhor, mais rápido, mais, melhor, mais rápido… torna-se um sistema automático de autoavaliação negativa.
O melhor modo de mudar de ficar no seu pé para ficar do seu lado é primeiro notar como você se comporta, então transformar a avaliação em um plano de aprendizagem e ação. A seguir, estão alguns exemplos de afirmações rápidas que o apoiarão a se redirecionar para ficar do seu lado.
CHICOTE DO “FICAR NO SEU PÉ”
- Como pude ser tão mau?
- Não sei mais do que isto?
- Sou um idiota por fazer isto!
- Por que não comecei isso mais cedo?
- Eu poderia ter feito um trabalho muito melhor!
- O que está errado comigo?
- Eu deveria saber mais!
- Fiquei cuidando dos interesses dos outros!
“DO SEU LADO” (frases que apoiam no redirecionamento do hábito)
- Quais partes desta performance que foram bem?
- O que não resultou do modo como eu queria?
- O que exatamente não funcionou aqui?
- Qual parte está sob minha influência?
- Há algo que eu poderia ter feito diferente?
- O que eu terei que fazer para aceitar esta performance e não me abater?
- O que posso aprender com esta performance?
- O que terei que melhorar na próxima vez?
- Há alguma aprendizagem, treinamento ou ajuda que preciso para melhorar minha performance?
- Qual será o meu próximo passo?
- Como terei certeza de que permanecerei nos trilhos?
- Quem pode me apoiar?
- Prático uma vida com equilíbrio nas esferas do corpo, emocional, social, econômico e espiritual?
- O que faz sentido para mim?
Observe a qualidade das afirmações acima e seu efeito em você. É importante reconhecer primeiro o que deu certo para estabelecer a devida perspectiva em sua avalição e diminuir o padrão “mais, melhor, mais rápido”.
Nadler, R. Rio de Janeiro: Alta Books, 2011.
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